quinta-feira, 16 de abril de 2009

Ecologia

Aproveitando meu momento de estudo, resolvi lançar aqui um bom resumo sobre relações ecológicas que pode ajudar.

Resumo para estudo

Relações ecológicas


Em um ecossistema, os seres vivos relacionam-se com o ambiente físico e também entre si, formando o que chamamos de relações ecológicas.
As relações ecológicas ocorrem dentro da mesma população (isto é, entre indivíduos da mesma espécie), ou entre populações diferentes (entre indivíduos de espécies diferentes). Essas relações estabelecem-se na busca por alimento, água, espaço, abrigo, luz ou parceiros para reprodução.

Relações Harmônicas (relações positivas)
Intra-específica (entre indivíduos da mesma espécie)


Sociedade: União permanente entre indivíduos em que há divisão de trabalho. Ex.: insetos sociais (abelhas, formigas e cupins)


O que mais chama a atenção em uma colméia é a sua organização. Todo o trabalho é feito por abelhas que não se reproduzem, as operárias. Elas se encarregam de colher o néctar das flores, de limpar e defender a colméia e de alimentar as rainhas e as larvas (as futuras abelhas) com mel, que é produzido a partir do néctar.
A rainha é a única fêmea fértil da colméia. Ela coloca os ovos que irão originar outras operárias e também os zangões (os machos), cuja única função é fecundar a rainha.
Portanto, uma sociedade é composta por um grupo de indivíduos da mesma espécie que vivem juntos de forma a permanente e cooperando entre si.


Sociedade de Abelhas com a rainha ao centro


Colônia: Associação anatômica formando uma unidade estrutural e funcional. Ex.: coral-cérebro, caravela.


Colônia é um grupo de organismos da mesma espécie que formam uma entidade diferente dos organismos individuais. Por vezes, alguns destes indivíduos especializam-se em determinadas funções necessárias à colônia. Um recife de coral, por exemplo, é construído por milhões de pequenos animais (pólipos) que secretam à sua volta um esqueleto rígido. A garrafa-azul (Physalia) é formada por centenas de pólipos seguros a um flutuador, especializados nas diferentes funções, como a alimentação e a defesa; cada um deles não sobrevive isolado da colônia.
As bactérias e outros organismos unicelulares também se agrupam muitas vezes dentro dum invólucro mucoso.
As abelhas e formigas, por outro lado, diferenciam-se em rainha, zangão com funções reprodutivas e as obreiras (ou operárias) com outras funções, mas cada indivíduo pode sobreviver separadamente. Por isso, estas espécies são chamadas eusociais, ou seja, formam uma sociedade e não uma colônia.


Foto: Reefeorun.net Colonia de corais (polipos de alveopora)

Interespecífica (entre indivíduos de espécies diferentes)
Mutualismo: Associação obrigatória entre indivíduos, em que ambos se beneficiam. Ex.: líquen, bois e microorganismos do sistema digestório.


Abelhas, beija-flores e borboletas são alguns animais que se alimentam do néctar das flores. O néctar é produzido na base das pétalas das flores e é um produto rico em açucares. Quando abelhas, borboletas e beija-flores colhem o néctar, grãos de pólen se depositam em seu corpo. O pólen contém células reprodutoras masculinas da planta. Pousando em outra flor, esses insetos deixam cair o pólen na parte feminina da planta. As duas células reprodutoras - a masculina e a feminina - irão então se unir e dar origem a uma nova planta. Perceba que existe uma relação entre esses insetos e a planta em que ambos lucram. Esse tipo de relação entre duas espécies diferentes e que traz benefícios para ambas é chamada mutualismo, porque traz vantagens mútuas. Os animais polinizadores obtêm alimento e a planta se reproduz.
Outro exemplo, é os liquens, associação mutualística entre algas e fungos. Os fungos protegem as algas e fornecem-lhes água, sais minerais e gás carbônico, que retiram do ambiente. As algas, por sua vez, fazem a fotossíntese e, assim, produzem parte do alimento consumido pelos fungos.


Beija-flor, agente polinizador
Liquens

Comensalismo: Associação em que um indivíduo aproveita restos de alimentares do outro, sem prejudicá-lo. Ex.: Tubarão e Rêmoras, Leão e a Hiena, Urubu e o Homem (aproveitam os restos).


Tubarão e Peixe Rêmora – O tubarão é reconhecidamente o maior predador dos mares, ou seja, o indivíduo que normalmente ocupa o ápice da cadeia alimentar no talassociclo. Já o peixe-rêmora é pequeno e incapaz de realizar a façanha do predatismo. O peixe-rêmora vive então associado ao grande tubarão, preso em seu ventre através de uma ventosa (semelhante a um disco adesivo). Enquanto o tubarão encontra uma presa, estraçalhando-a e devorando-a, a rêmora aguarda pacientemente, limitando-se a comer apenas o que o grande tubarão não quis. Após a refeição, o peixe-rêmora busca associar-se novamente a outro tubarão faminto. Para a rêmora a relação é benéfica, já para o tubarão é totalmente neutra.



Urubu e o Homem - O urubu ou abutre (nomes vulgares que variam de acordo com a localização, mas que na verdade representam aves com o mesmo estilo de vida) é um comensal do homem. O homem é o ser da natureza que mais desperdiça alimentos. Grande parte dos resíduos sólidos das grandes cidades é formado por materiais orgânicos que com um tratamento a baixos custos retornariam à natureza de forma mais racional. O urubu é uma grande ave que se vale exatamente deste desperdício do homem em relação aos restos de alimentos.


Protocooperação: Associação facultativa entre indivíduos, em que ambos se beneficiam. Ex.: Anêmona do Mar e Paguro, Gado (alimento) e Anum (limpeza dos carrapatos), Crocodilo africano (restos bucais) e Ave Palito (higiene bucal).


Às margens do rio Nilo, na África, os ecólogos perceberam a existência de um singular exemplo de protocooperação entre os perigosos crocodilos e o sublime pássaro-palito. Durante a sesta os gigantescos crocodilos abrem sua boca permitindo que um pequeno pássaro (o pássaro-palito) fique recolhendo restos alimentares e pequenos vermes dentre suas poderosas e fortes presas. A relação era tipicamente considerada como um exemplo de comensalismo, pois para alguns apenas o pássaro se beneficiava. Entretanto, a retirada de vermes parasitas faz do crocodilo um beneficiado na relação, o que passa a caracterizar a protocooperação.



Bernardo-eremita e Anemôna-do-mar - o Bernardo-eremita é um crustáceo do gênero Pagurus cuja principal característica é a de possuir a região abdominal frágil, em razão do exoesqueleto não possuir a mesma resistência do cefalotórax. Este crustáceo ao atingir a fase adulta (ainda em processo de crescimento, portanto realizando as mudas) procura uma concha de molusco gastrópode (caramujo) abandonada, e instala-se dentro desta. De certa forma o crustáceo permanece protegido. Entretanto, alguns predadores, ainda assim conseguem retirar o Pagurus de dentro da concha. É aí que entra a Anêmona-do-mar, um cnidário. Como todos os cnidários (ou celenterados), a anêmona-do-mar é dotada de estruturas que liberam substâncias urticantes com a finalidade de defender-se. A associação beneficia tanto a anêmona quanto o Bernardo: o Bernardo consegue proteção quando uma anêmona se instala sobre sua concha (emprestada), pois nenhum predador chega perto. Já a anêmona beneficia-se porque seu “cardápio” alimentar melhora bastante quando de “carona” na concha do Bernardo. A anêmona normalmente faz a captação de seus alimentos (partículas) através de seus inúmeros tentáculos, esperando que estes passem por perto. Na carona do Bernardo há um significativo aumento no campo de alimentação para a anêmona.



Canibalismo: Relação desarmônica em que um indivíduo mata outro da mesma espécie para se alimentar. Ex.: louva-a-Deus, aracnídeos, filhotes de tubarão no ventre materno.
Louva-a-deus – o louva-a-deus é um artrópode da classe dos insetos (família Mantoideae). Este inseto é verde e recebe este nome por causa da posição de suas patas anteriores, juntas com tarsos dobrados, como se estivesse rezando. Neste grupo de insetos o canibalismo é muito comum, principalmente no que tange o processo reprodutivo. É hábito comum as fêmeas devorarem os machos numa luta que antecede a cópula.


Louva-a-Deus

Amensalismo: Relação em que indivíduos de uma espécie produzem toxinas que inibem ou impedem o desenvolvimento de outras. Ex.: Maré vermelha, cobra (veneno) e homem, fungo penicillium (penicilina) e bactérias.


A Penicilina foi descoberta em 1928 quando Alexander Fleming, no seu laboratório no Hospital St Mary em Londres, reparou que uma das suas culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor Penicillium, e que em redor das colônias do fungo não havia bactérias. Ele demonstrou que o fungo produzia uma substância responsável pelo efeito bactericida, a penicilina.
A Maré vermelha é a proliferação de algumas espécies de algas tóxicas. Muitas delas de cor avermelhada, e que geralmente ocorre ocasionalmente nos mares de todo o planeta. Encontramos essas plantas apenas no fundo do mar. Em situações como mudanças de temperatura, alteração na salinidade e despejo de esgoto nas águas do mar, elas se multiplicam e sobem à superfície, onde liberam toxinas que matam um grande número de peixes, mariscos e outros seres da fauna marinha. Quando isso acontece, grandes manchas vermelhas são vistas na superfície da água. Os seres contaminados por essas toxinas tornam-se impróprios para o consumo humano.


Sinfilia: Indivíduos mantém em cativeiro indivíduos de outra espécie, para obter vantagens. Ex.: formigas e pulgões.


Os pulgões são parasitas de certos vegetais, e se alimentam da seiva elaborada que retiram dos vasos liberinos das plantas. A seiva elaborada é rica em açúcares e pobre em aminoácidos. Por absorverem muito açúcar, os pulgões eliminam o seu excesso pelo ânus. Esse açúcar eliminado é aproveitado pelas formigas, que chegam a acariciar com suas antenas o abdômen dos pulgões, fazendo-os eliminar mais açúcar. As formigas transportam os pulgões para os seus formigueiros e os colocam sobre raízes delicadas, para que delas retirem a seiva elaborada. Muitas vezes as formigas cuidam da prole dos pulgões para que no futuro, escravizando-os, obtenham açúcar. Quando se leva em consideração o fato das formigas protegerem os pulgões das joaninhas, a interação é harmônica, sendo um tipo de protocooperação.

Predatismo: Relação em que um animal captura e mata indivíduos de outra espécie para se alimentar. Ex.: cobra e rato, homem e gado.

Todos os carnívoros são animais predadores. É o que acontece com o leão, o lobo, o tigre, a onça, que caçam veados, zebras e tantos outros animais.
O predador pode atacar e devorar também plantas, como acontece com o gafanhoto, que, em bandos, devora rapidamente toda uma plantação. Nos casos em que a espécie predada é vegetal, costuma-se dar ao predatismo o nome de herbivorismo.
Raros são os casos em que o predador é uma planta. As plantas carnívoras, no entanto, são excelentes exemplos, pois aprisionam e digerem principalmente insetos.
O predatismo é uma forma de controle biológico natural sobre a população da espécie da presa. Embora o predatismo seja desfavorável à presa como indivíduo, pode favorecer a sua população, evitando que ocorra aumento exagerado do número de indivíduos, o que acabaria provocando competição devido à falta de espaço, parceiro reprodutivo e alimento. No entanto ao diminuir a população de presas é possível que ocorra a diminuição dos predadores por falta de comida. Em conseqüência, a falta de predadores pode provocar um aumento da população de presas. Essa regulação do controle populacional colabora para a manutenção do equilíbrio ecológico.
















Aranha se alimentando de um inseto e Plantas carnívoras


Parasitismo: Indivíduos de uma espécie vivem no corpo de outro, do qual retiram alimento. Ex.: Gado e carrapato, lombrigas e vermes parasitas do ser humano.
A lombriga é um exemplo de parasita. É um organismo que se instala no corpo de outro (o hospedeiro) para extrair alimento, provocando-lhes doenças. Os vermes parasitas fazem a pessoa ficar mal nutrida e perder peso. Em crianças, podem prejudicar até o crescimento.
As adaptações ao parasitismo são assombrosas - desde a transformação das probóscides dos mosquitos num aparelho de sucção, até à redução ou mesmo desaparecimento de praticamente todos os órgãos, com exceção dos órgãos da alimentação e os reprodutores, como acontece com as tênias e lombrigas.
















Lombriga (Ascaris lumbricoides) e mosquito

Competição Interespecífica: Disputa por recursos escassos no ambiente entre indivíduos de espécies diferentes. Ex.: Peixe Piloto e Rêmora (por restos deixados pelo tubarão)
Tanto o Peixe Piloto quanto a Rêmora comem os restos deixados pelos tubarões por tanto possuem o mesmo nicho ecológico e acabam disputando por espaço nele.











Rêmora e Peixe piloto em volta do tubarão

Fonte: Sobiologia.com.br
Fotos: Diversas internet

sexta-feira, 3 de abril de 2009

IBAMA


Ibama lança campanha ambiental na mídia


Brasília (03/04/2009) - Em comemoração aos seus 20 anos de criação, o Ibama lançou campanha educativa com um filme publicitário de 30” e três spots (anúncios para rádio), que tem como slogan “Cuidar do meio ambiente todo mundo pode”. Em todo o país, os cidadãos estão assistindo ao filme e ouvindo os anúncios, pois emissoras de TV e de rádio já iniciaram a veiculação da campanha em horário destinado à utilidade pública.
As peças da campanha estão disponíveis no site www.ibama.gov.br/sala-imprensa/documentos/videos. Os spots estão com o nome Spot - Campanha Educativa - Ibama 20 anos - Tema: Água, Spot - Campanha Educativa - Ibama 20 anos - Tema: Madeira Legal, Spot - Campanha Educativa - Ibama 20 anos - Tema: Poluição, e, o vídeo, Campanha 20 anos Ibama - “Todo mundo pode”. Eles podem ser utilizados gratuitamente por qualquer emissora de televisão ou de rádio e também por qualquer interessado.
A campanha é uma criação da agência Propeg, contratada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República - Secom. O objetivo da ação é conscientizar a população para a prática de ações sustentáveis no dia-a-dia, mostrando que pequenas mudanças de atitude ajudam a melhorar a qualidade de vida.

O filme, feito em animação digital, mostra pessoas como super-heróis no combate ao desmatamento da floresta, à poluição dos rios e à do ar. Depois, indica ações que cidadãos comuns podem ter, como comprar madeira legal, evitar o desperdício de água e regular o carro. Apesar de simples, são medidas fundamentais no cuidado com o meio ambiente. “Adotamos uma linguagem lúdica, fantasiosa e divertida para chamar a atenção das gerações mais novas para um problema muito sério, que diz respeito ao futuro do planeta e à preservação dos recursos naturais”, resume o diretor de criação da Propeg, Cláudio Leite.

Os três spots também têm duração de 30” cada um. Eles seguem a mesma linha do filme ao mostrar que, sozinho, o cidadão não consegue acabar com o desmatamento, com a poluição dos rios ou do ar, mas pode, com pequenas atitudes, evitar o desperdício de água limpa, diminuir emissão de gases poluentes e comprar madeira legal.

Em um deles, aparece a conversa entre mãe e o filho que está há mais de dez minutos no chuveiro. Ele tenta prolongar o banho. Ela responde que “desse jeito o futuro do planeta acaba escorrendo pelo ralo”.

No outro spot, o atendente da Madeireira Corta Tudo faz uma oferta, prontamente negada pelo cidadão que buscava orçamento para sua obra e queria comprar madeira legal. “Olha, chefia, tem uma opção que você paga menos…” O comprador reage: “sei, sei, eu pago menos agora e os meus filhos pagam mais depois”.

No último anúncio, quem tenta dar um “jeitinho” é o dono de um carro que está na oficina. O mecânico avisa da necessidade de troca de algumas peças, pois o carro está poluindo muito. “Se o carro tá andando, fica do jeito que está”, responde o dono, que ouve do mecânico indignado: “e como fica o planeta quando o efeito estufa aumentar?”.
O Ibama é o órgão federal responsável pela fiscalização, proteção e qualidade ambiental, licenciamento e autorização de uso dos recursos naturais, e, dentre suas atribuições, está a educação ambiental.

Para mais informações:
Assessoria de Comunicação do Ibama

(61) 3316-1015
ascom.sede@ibama.gov.br

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mais um pouco de bioluminescência

Cientistas desvendam mistério de luz verde em mares tropicais


Fenômeno é causado por muco luminoso emitido por verme para acasalamento, dizem pesquisadores.

Pesquisadores nos Estados Unidos desvendaram alguns dos mistérios em torno das luzes verdes que alguns marinheiros viam com frequência sob a superfície do mar, em regiões próximas aos trópicos.


Segundo especialistas do Instituto de Oceanografia Scripps, da Universidade da Califórnia, em San Diego, animais invertebrados da espécie Odontosyllis phosphorea emitem uma luz verde para atrair parceiros em um ritual submarino para o acasalamento, e também como defesa.
O verme vive em áreas costeiras nas regiões tropicais e subtropicais e, durante o verão, as fêmeas secretam um muco luminoso antes de liberar óvulos. A luz atrai os machos, que também liberam seus gametas na nuvem esverdeada.


O ritual, de acordo com os pesquisadores, ocorre regularmente no sul da Califórnia, Caribe e Japão, atingindo seu auge um ou dois dias antes de determinadas fases da lua, de 30 a 40 minutos depois do crepúsculo, e dura de 20 a 30 minutos.


Proteína


Os pesquisadores Dimitri Deheyn e Michael Latz recolheram centenas de exemplares do animal em Mission Bay, em San Diego, para o seu estudo. Através de experiências de laboratório, eles descobriram que os animais mais jovens também produzem flashes de luz.
Deheyn e Latz concluíram que luz pode funcionar ainda como um mecanismo para distrair predadores.

Ambos testaram ainda a produção de luz em diferentes temperaturas e concentrações de oxigênio. Em artigo divulgado na revista Invertebrate Biology, Deheyn e Latz disseram que estão mais perto de identificar a base molecular da luz produzida pelos animais marinhos.
"Este é mais um passo para o entendimento da biologia da bioluminescência em vermes e também torna mais próximo o isolamento da proteína que produz a luz", disse Deheyn. "Se nós entendermos como é possível manter a luz estável por tanto tempo, haverá oportunidades para usar esta proteína ou reação na medicina, bioengenharia e outros campos - da mesma forma que outras proteínas vem sendo usadas."


Seu colega, Latz, disse que ambos se inspiraram no trabalho de pioneiros como Osamu Shimomura, um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 2008, por sua descoberta da proteína fluorescente do sistema de luminescência de águas vivas.
Fonte: G1.com

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Olha para cima antes de sair de casa...

O que vem de cima às vezes nos atinge.



Quem já não levou uma “batizada” de pombo na roupa ou na cabeça?
È complicado, mas, o bicho já virou problema de saúde pública, vamos entender um pouco sobre eles e as doenças que podem transmitir.

O pombo comum, cujo nome científico é Columba livia domestica, é uma ave exótica, que se originou da pomba das rochas, de origem européia, e foi introduzida no Brasil no século XVI.
São aves mansas, que se encontram em grande número nos centros urbanos, onde se adaptaram muito bem, devido a vários fatores, dentre eles a facilidade de encontrar alimento e abrigo.

Tempo de vida: nos centros urbanos, de 3 a 5 anos; em condições de vida silvestre, podem viver aproximadamente 15 anos.

Predadores: os gaviões são os inimigos naturais; porém, como não estão em grande número nas cidades, o resultado dessa interação é insatisfatório como controle.

Geram grandes transtornos, em virtude da quantidade de fezes que eliminam nas janelas, sacadas, beirais, praças, carros, podendo transmitir doenças como:

Doenças que podem ser transmitidas por pombos

Criptococose
: micose profunda, cujo agente etiológico, Criptococus neoformans, tem afinidade pelo sistema nervoso central. Os sintomas são: febre, tosse, dor torácica, podendo ocorrer também cefaléia, sonolência, rigidez da nuca, acuidade visual diminuída, agitação, confusão mental.
São transmitidas através da inalação de poeira contendo fezes de pombos contaminadas pelos agentes etiológicos

Histoplasmose: micose profunda, cujo agente etiológico, Histoplasma capsulatum, tem afinidade pelo sistema respiratório. Os sintomas que podem ocorrer variam desde uma infecção assintomática até febre, dor torácica, tosse, mal estar geral, debilidade, anemia, etc.
São doenças oportunistas: o indivíduo pode ou não desenvolver a doença, dependendo de seu estado de saúde.

Ornitose: doença infecciosa aguda, cujo agente etiológico, Chlamydia psittasi, tem afinidade pelo sistema respiratório superior e inferior. Os sintomas são: febre, cefaléia, mialgia, calafrios, tosse.
Salmonelose: doença infecciosa aguda, cujo agente etiológico, Salmonela typhimurium, tem afinidade pelo sistema digestivo. Alguns dos sintomas são: febre, diarréia, vômitos, dor abdominal.
É transmitida através da ingestão de alimentos contaminados com fezes de pombos contendo o agente etiológico

Dermatites: são provocadas pela presença de ectoparasitas (ácaros) na pele, provenientes das aves ou de seus ninhos.

Para evitar doenças, são feitas algumas recomendações:
· Na limpeza de forros, calhas ou qualquer outro local que apresente fezes, restos de ninhos, ovos e penas, usar sempre luvas e utilizar sempre uma máscara ou pano úmido sobre o nariz e a boca.
· Nunca remover a sujeira a seco, deve-se sempre umedecê-la antes, para evitar a inalação de poeira.
· Proteger os alimentos do acesso das aves.


MÉTODOS DE CONTROLE

Educativo
· Baseia-se na orientação da população das cidades, alertando-a para que evite alimentar os pombos, pois tal hábito acarreta aumento exagerado do número de aves, com maior risco de transmissão de doenças e danos ambientais. Recomenda-se também evitar deixar restos de alimentos à disposição das aves, bem como manter o lixo acondicionado em sacos plásticos bem fechados. Essas medidas favorecem o controle do número de pombos: a diminuição de alimentos acarreta um menor número de ovos e filhotes.

Barreiras físicas

· Este método baseia-se na utilização de telas, fechamento das aberturas por onde as aves adentram, com alvenaria ou outro material resistente; colocação de fios de nylon (de pesca) a aproximadamente 10 cm da base e presos nas extremidades por um prego; uso de pontas de arame em locais altos onde não haja acesso de pessoas; mudança do ângulo de inclinação da superfície de apoio das aves para 60 graus; utilização de produtos importados da França ou Estados Unidos, cuja função é também uma barreira física.

Repelentes

· Existem no comércio vários produtos, que são aplicados sobre telhados, beirais, etc. com o objetivo de afastar as aves do local. Sua ação se baseia no desconforto provocado pelo contato das aves com a substância, o que as faz se afastarem do local.

Anticoncepcionais

· O Ornitrol, produto americano, é um inibidor da reprodução de pombos, mas pode também provocar a esterilização temporária de outros pássaros, caso haja uma utilização incorreta do produto. Recomenda-se sua utilização por técnicos da área pública, universidades e firmas especializadas em controle de pragas. Trata-se de milho coberto por uma camada de um quimioesterilizante, que impede a síntese da formação da gema do ovo, atuando também na espermatogênese. É indicado para cidades pequenas, e deve ser utilizado por um período de 2 anos para melhor se constatarem os resultados.

Todos os métodos de controle possuem suas vantagens e desvantagens; entretanto, o que se recomenda é a utilização de medidas integradas a fim de se obterem melhores resultados.
Faça sua parte.
Fontes:
http://sabio.org/
http://www.ambientebrasil.com.br